16/6/2020 - REALEZA -
Realeza: conflito antes da emancipação
Realeza fica a 280 quilômetros de Campo Mourão e a 27 km da divisa com Santa Catarina. Tem 16 mil 894 habitantes e ocupa a posição 108 entre os 399 do Paraná. A taxa de escolarização de crianças entre 6 e 14 anos é de 97 por cento. Em riqueza é o 101º do Estado. Só 23 por cento da cidade tem rede de esgoto.
Os primeiros moradores foram colonos alemães e italianos, que se dedicaram ao plantio de subsistência e à criação de suínos e galinhas. No começo era "Realeza do Pinho", pela grande quantidade da espécie. Em 24 de junho de 1963, com a emancipação, ficou apenas Realeza, mesmo porque já não existia tanto pinho. Foi distrito de Ampére.
CONFLITO - Na década de 50, Jagunços da companhia Clevelândia Industrial Territorial Ltda, lutaram incansavelmente com posseiros, na chamada batalha do “Levante dos Posseiros”, que se findou no dia 10 de outubro de 1957, com a vitória dos posseiros. A Revolta dos Posseiros (ou Revolta dos Colonos) foi um levante organizado por colonos do sudoeste paranaense que teve seu auge em outubro de 1957, quando armados de espingardas, facões, foices, enxadas os agricultores tomaram várias cidades do Sudoeste. Há quem considere a revolta como o único levante agrário armado vitorioso na história do Brasil. A disputa se deu em um território de cerca de 450 mil hectares da região. A cidade de Francisco Beltrão foi tomada por cerca de 6 mil posseiros. Além de Beltrão também foram ocupadas pelos posseiros as localidades de Capanema, Planalto, Realeza, Pranchita, Renascença, Marmeleiro, Pato Banco, Santo Antonio do Sudoeste, Verê e Dois Vizinhos. A Revolta dos Colonos ou Revolta dos Posseiros foi um levante realizado por colonos e posseiros como forma de repúdio aos sérios problemas de colonização da região que se estabeleceu entre posseiros, colonos, companhias de terras grileiras, e os governos federal e estadual.
A Igreja Matriz Cristo Rei chama a atenção pela arquitetura. No município são 4.115 residências na área urbana e 1.607 na zona rural. A indústria local emprega 646 pessoas. Outras 1.227 trabalham no comércio e mais 1.307 exercem atividades na prestação de serviços. A cidade conta com agências do Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Realeza tem a Universidade Federal da Fronteira Sul, o Centro de Ensino Superior e um Centro de Pesquisa da Embrapa.
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